Ela sente a vida
Absorve cada voz, cada choro, cada frémito vibrante
Desta cidade pecadora
Como uma fiel e antiga amante.
Sente tudo o que ela sente
Toda a dor, toda a tristeza
Sente as suas lágrimas quentes de princesa
A cidade é ela, e ela é a cidade.
Mil facetas, mil personalidades, mil possibilidades de vida.
A cidade-boémia
A cidade-melancólica
A cidade-prática
A cidade-atrevida
A cidade-sonhadora…
São almas gémeas.
E ela deseja-a só para ela, mesmo que povoada de gente.
Quer ser parte dela, porque sabe que já é,
Embora ainda tenha o seu próprio corpo.
E jura que não mente.
Jura que partilhará a mágoa da cidade com a sua
Se é que ela ainda a sente.
De tanto amar a cidade, de querer fundir-se nela para sempre,
Já não sabe se sente tudo, se nada sente.
Só sabe que a ama, que a ama,
E que será dela eternamente.
Virgínia Vieira
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