Sábado, 22 de Dezembro de 2007

(19) Dragonfly

Dragonfly

 

A minha terra tem mil contos,

conchas de lembranças, pessoas pérolas cor de libélulas.

 

A minha terra já foi tantas

e hoje de cores desfeita enfeita sonhos sua beleza,

de ser minha terra, ar, fogo de amor e memórias,

terra de carne, terra de tempo, de dias estendidos ao vento,

de léu, de viver contentamento

junto aos meus e dos outros

a nós, perdidos e loucos.

 

A minha terra quis ser minha e eu dela,

mas quando a terra vai tão fundo todo lugar é ela.

Quanta terra afunda a raiz desse galho onde pousa essa ligeira libélula?

Desterro foi seu nascimento e vôo o seu destino

                                               [pois de água e sol se fez seu desatino.

A minha terra é sua, só vir mais perto.

Vamos fazer desterro e abrigo, amor de lar e cansaço de caminho,

de querer ficar e sonhar com um desvio,

onde nascer e morrer é ser sozinho.

Pois sincera é a terra onde morro a cada instante,

onde nasce minha mãe e parentes distantes,

a construir castelos de contos gigantes.

Anos e anos cultivo meu voltar para lá de onde vir,
                                                [para dentro de tudo que é meu,

e minha terra, ah minha terra, é meu ultimo instante,

minha primeira e última alegria ela abraça sem saber quando finda ou inicia,

pois de amor e fruto é feita, e tão grande e densa

que não há lugar onde ela não inventa

uma sombra, um aconchego para acalentar seu dragão que voa.

 

Vimalo

publicado por poesiaemrede às 01:55
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(18) Territorialidade

TERRITORIALIDADE


Meu altar entre concha e girassol,
Meu estro, meu luar de incenso e prata,

Tão humilde é a voz que te retrata

Quão desmedida a luz desse teu sol...

 

Tua planura imensa como imagem

De uma capela erguida junto ao mar…

Eu ergo a minha voz para te cantar

Uma canção que vem dessa paisagem.

 

Quem dera ir mais além, cantar mais alto

A serena beleza que me envolve

Sobre este chão salgado onde nasci

 

Onde a terra e o mar, num sobressalto,

Justificam a paz que agora absolve

A vida de ilusões que vivo aqui…

 


Maria João Basílio Brito de Sousa 

publicado por poesiaemrede às 01:46
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Quarta-feira, 19 de Dezembro de 2007

(17) Cidade à Beira Rio

Cidade à beira rio

 

Pelas pedras da calçada,

Percorro as ruas da cidade,

Da cidade da minha vida.

Vivo nela

E sem ela não consigo estar.

A saudade aperta

E a vontade de a sentir fala mais alto.

Volto sempre à cidade que conheço

E que se lembra de mim.

Olhá-la é recordar.

Todos os cantos têm memórias

E histórias para contar.

Pelas ruas da cidade,

Reencontro-me

E reconheço caras e passados

Com futuros por descobrir.

As cores, o ritmo,

A vontade de viver e sorrir

Prosseguem pelas ruas da minha cidade,

Brilhante à luz do sol,

Serena sob a lua,

Banhada pelo Tejo.

Seu nome.........Almada.

 

Alexandra Mendonça
publicado por poesiaemrede às 01:11
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Terça-feira, 18 de Dezembro de 2007

(16) Brasília

BRASÍLIA

BRASÍLIA BELA, BELA E FACEIRA
COMO DONZELA NA TENRA IDADE
SUA GRANDEZA SE ESTENDE DE CIDADE A CIDADE. 

BRASÍLIA VESTIDA DE VERDE E DE OURO
CERRADOS E CAMPOS, VERDE TESOURO!

BRASÍLIA FORMOSA, FORMOSA RAINHA
MÃE AMOROSA, DE LUZ E LUAR
ACOLHE GENTE DE TODO LUGAR.

BRASÍLIA NASCIDA NO CORAÇÃO DO BRASIL
CERCADA E PROTEGIDA POR BRASILEIROS MIL.

BRASÍLIA DE FEIRAS, DE COR E SABOR
DE PÃO E CALOR E BEIJOS DE AMOR.

BRASÍLIA QUERIDA, DE AR PURO E LAZER
TANTA BELEZA NOS DÁ PRAZER.

BRASÍLIA SONHADA, DE QUADRAS E PRAÇAS
DE NOITES DE LUA E CHUVA NA CALÇADA.

BRASÍLIA LINDA, DE MUITOS ENCANTOS
DE ASAS E LAGOS E DOCES RECANTOS.

BRASÍLIA ENSOLARADA, BELA E PERFUMADA
DE CLIMA AMENO E NOITES DE SERENO .

BRASÍLIA, PEQUENA, DE TRAÇOS MARCADOS
DE BEIJOS MOLHADOS, DE TARDES MORENAS!


APENAS MARIA

publicado por poesiaemrede às 00:14
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Domingo, 16 de Dezembro de 2007

(15) Arquipélago do Verde das Nuvens

Arquipélago do verde condensado das nuvens

Sou o verde condensado das nuvens,
Imprudente nenúfar do mar,
Perfumado a enxofre,
A lava pespontado.

Sou pedaço de coração,
De um País aventureiro,
Que mesmo estilhaçado no mar,
Continua a pulsar.

Sou açor que nunca vi,
Sou resistente da saudade.
Apesar de tocar o céu,
Continuo exilado.

Sou água,
Sou nuvem,
Sou pássaro-golfinho-baleia,
Sou gente,
Sou porto de abrigo,
Sou sal,
E rotunda da bacia do Atlântico.

O meu mais belo cântico,
É o Fado de Portugal.

Rodrigues

publicado por poesiaemrede às 23:37
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Sábado, 15 de Dezembro de 2007

(14) Ciclo Estagnado

Ciclo Estagnado

Singela e latina,
É a luz coimbrã.
Ao dobrar de cada esquina,
Entre hoje e amanhã.
Que os que ouviram fascina,
Talvez por ser tão sã.
Luz, Que seduz, cada ninfa que flutua
Em águas mil do Mondego
Cada, maravilhada, passa
E canta até à foz o que sentiu.
Em cada terra escassa,
Em cada beco, largo ou rua
A luz que em ti viu.
Ah, mas porquê, em outras terras
Que também o destino em foz marcou,
(E nenhuma ninfa assim se pronunciou)
A tua, Mondego, Estagnou?
Luz...Que reduz.
Sei que ainda brilhas
Mas já passas da meia-idade.
(Talvez o Mondego já não corra...
E assim, Coimbra morra...)
Certo, o é, que quem ninfas ouviu
Já não se interesse pela tua qualidade
Coimbra, bazófias da sociedade
Fica nua...Se despiu...
Já nem tu, luz da Via Latina
Salva Coimbra desta sina.
Luz...Que reduz, pela cabra matutina
Outra aí vem, te ilumina...

Ass: Pedro Rebelo
publicado por poesiaemrede às 01:30
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(13) A Minha Terra

A Minha Terra

Se a Serreta, se a Serreta fosse minha
Eu mandava, eu mandava emoldurar
Com crianças cantando à sua Rainha
Para nunca, para nunca a ver chorar.

Vi o mar no seu tamanho inteiro
Tinindo na escarpada de amores
E ao virar o rosto do nevoeiro
És a linda estrelinha dos Açores.

A Terceira dá guarida e quer bem
Ao Altar no vale da bela serra
É lá que a nossa verdadeira Mãe
Dá o brilho d’alfenim à minha terra.

Minha terra, doce lar és um encanto
Que me prende, que me prende o coração
Carnaval, Pezinho e Espírito Santo
Dos Milagres é a Mãe da devoção.


Azoriana
publicado por poesiaemrede às 01:28
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(12) Pátria Amada

PÁTRIA AMADA

 

Oh Pátria desperta! Sê livre! És gigante

Quebre as cadeias, não curves a fronte

Há tantos perdidos em trevas e fugas, nas drogas, nos vícios, na alucinação

Em caminhos loucura, caminhos de morte, em tempos de sombras, sem vigor e paz.

Multidões em desespero encontram-se no vale, no vale de sombras, de sombra e dor

Pessoas frustradas, cansadas e oprimidas, que caminham sem esperança e vigor

Ó Pátria desperta! O que há contigo? Sempre fostes assim?

Brasil de brancos, negros, índios, de pobres, ricos, de individualistas,

Fonte de riquezas, abismo de pobrezas, rios caudalosos, florestas, matas,

Brasil disparidades?

Não vês que em meio a tua hegemonia enegrecem-se teus horizontes e fenecem as esperanças de paz?

Paz, paz, paz,

É o sentimento que mais necessitas

É o grito que surge na alma do povo

Agiganta o pequeno – robustece

Enriquece a alma – enaltece

Vence o barbarismo que uma espada ergue

Unifica – reunifica, e sobre as ruínas da guerra hasteia o estandarte do amor

Paz, paz, paz,

Clamam índios, negros, mamelucos, cafuzos, confusos cidadãos

Que pelas vilas e tabas, choupanas, estradas

Vivem segregados, injustiçados, desempregados.

Pátria Amada desperta! Sê livre! És gigante,

Quebre as cadeias, não curves a fronte

Mostre teu brilho incessante e indique a teus filhos a jornada de paz e amor.

 

Autoria: Paulo Henrique Carvalho - Macaé (RJ)
publicado por poesiaemrede às 01:25
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(11) Minha Aldeia Entre Montanhas

Minha aldeia entre montanhas

 

Será que o sol nasce todos os dias por entre as montanhas que protegem esta minha aldeia que foi a vida de várias gerações? Ainda vejo pessoas que desandam por entre ruas estreitas e se tocam ocasionalmente, cheiros que se cruzam e se misturam, olhares que se perdem no tempo e na imaginação, vejo o passado o presente e o que será o futuro destes seres que se tocam ocasionalmente por entre ruas estreitas. Sol que aquece montes e vales, faz transpirar as suas roupas pesadas que escondem corpos de peles usadas sedentas de serem exibidas para olhos calmos e tocadas por dedos sedosos. Vejo ruas desgastas, pisadas por pés descalços cansados de caminhar sobre um chão duro que por vezes faz doer até o próprio rosto, vejo ainda ruas de paredes tortas feitas por mãos calejadas por palavras frias ditas em dias escaldantes. Vejo ainda ruas estreitas que em breve deixarão de ser pisadas por esses pés e tocadas por essas mãos e por outros pés e por outras mãos, mas ocupadas apenas por orvalhos, borranhos, chuvas, ventos, nevoeiros, neves... 

Será que o sol  continuará a nascer todos os dias por entre as montanhas que protegem esta minha aldeia de ruas estreitas onde pessoas ainda se tocam ocasionalmente?

 

eu ljs - Luísa Santos

publicado por poesiaemrede às 01:23
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Terça-feira, 11 de Dezembro de 2007

(10) Costa de Água

Costa de Água

 

Vou pela costa de água

Feita na madrugada.

Na encosta, a miragem

Da estrada que me leva

De volta a casa.

E eu contemplo-te

Do alto do miradouro.

Desfruto do momento

E vejo-te por completo.

O tempo passa

Tu não perdes o teu encanto:

De água cristalina

E brisa no ar

Pela arriba fóssil

Há-de a estrada me levar

Desde a costa de água

Ao Vale da Charneca,

Ao sossego do meu lar.

 

Susana Cunha
publicado por poesiaemrede às 00:43
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(9) Harmónica Nativa

    Harmónica Nativa


Abandono veemente esta repugnante visão

De uma realidade suja e indigna.

Onde a pecaminosa e materialista depressão

Se autocoroou e autoproclamou…

 

   Onde reina o gentil vilipêndio e

Incompreensão. Que é tratada como um ser

Trivial e democrata de entre a “civilização”…

Apresentai, pois então, apenas uma pequena parcela

 

De compreensão e igualdade,

E passarei vós a virar o louco nesta vil união!

Carece de amor, carece de protecção…

 

Doce terra do meu coração!


                                                  Por Ânia Rodrigues
publicado por poesiaemrede às 00:36
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Sábado, 8 de Dezembro de 2007

(8) Névoa

Névoa
 
Esta névoa clara, branda e fria
Que te cobre, que te encobre
Terra minha,
Adormece
Os campos, as casas, as gentes.
 
Arrefece!
Falta luz, cor, calor, vida…
Escurece!
Falta verde, sol, sonho, Abril.
 
Sobra noite, silêncio, sombra
Sobra Fado
 
Pobre terra
De olhar parado,
Mulher perdida.
Bela, porém esquecida…
Cansada de tanto amar
Sem ser correspondida.
 
 
Lídia Borges
publicado por poesiaemrede às 23:50
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Quinta-feira, 6 de Dezembro de 2007

(7) Acabei de Chegar

Acabei de chegar
A esta terra
E agora
Muito embora
Não saiba quanto tempo
Irei ficar
Já gosto tanto dela
Que sinto saudades
Muito antes de partir
Novamente
Para outro lugar
E levar a mesma vontade
De me abandonar
A um outro mar
Novos ritos
Prazeres infinitos
Porque o meu lugar
Agora
É estar aqui
Onde sinto o pulsar da Terra
Dentro do meu peito
Como um grito de águia
Em voo alto erguida
E dizer que a minha terra
Mais que um pedaço de chão
É onde está o meu coração
E a minha vida

Maguejo
2007-12-06
publicado por poesiaemrede às 23:58
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Terça-feira, 4 de Dezembro de 2007

(6) O Cerco

O Cerco

Infelizes,
    Fogem ao colo da mãe
    Esbarrando os seus narizes
    Nas próprias bocas de desdém.
    Lavem os olhos em vernizes
    E mostrem-lhos, por aí além.
Estilhaços equestres,
    Estilhaços do Olimpo e de Roma,
    Ferem-nos? Acordam sombras silvestres
    Dos frutos deste salubre linfoma,
    Como me acordam os mestres
    Sob o cessar de flores e folhas, deste coma.
O rio floresce,
    Leva cores paz e temor.
    Temor, pois se desce
    Irá subir um dia e decompor
    Tudo o que aqui germina e cresce,
    Santos e amendoeiras em flor.
É o primeiro, o primário,
    É o que vos deu amparo
    Até à cativante salga do estuário,
    E abdicasteis de um mundo tão claro
    E óbvio. Esmurece algum confessionário?
    Desentranhem a ganância e supliquem reparo.
Não tenho praia nem mar,
    Mas viajo num barco de vela
    E sem me fazer ao Tua nem o cortar
    Aventuro-me, e levo Mirandela
    Como sempre a quis olhar,
    Pois eu sou parte dela.

                                                     Francisco Lima

publicado por poesiaemrede às 23:32
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(5) Minha Canção de Exílio

Minha canção de exílio
 
 
Sei que na minha terra tem palmeiras,
tem colibri, curió, tem sabiá,
babaçu, cocô d'água, carnaúba,
Como dizia um poeta de lá.
 
Apesar de minha terra ser tão bela,
com rico folclore, natureza e sabiá,
seus filhos partem tão tristes,
em busca de oportunidades além-mar.
 
Eu também tive que migrar p'outras bandas,
outros pastos buscar.
Se eu quisesse ser alguém,
se quisesse ter um nome, ter um lar.
 
O que me salvou neste exílio,
longe de minha terra, do meu sabiá,
foi o amor de minha amada, mãe do meu filho,
que amenizou o meu chorar.
 
Hoje já suporto a dor da saudade,
de tudo que deixei por lá:
irmãos, parentes, amigos,
palmeiras, colibri, e o cantar do sabiá.
 
Mas sei, que um dia volto sim,
pros seios de minha terra que ficou pra lá:
São Luiz, Ilha do Amor, do Maranhão,
que nesse mundo, outro lugar igual não há.
 
 
Autor: George Carvalho
publicado por poesiaemrede às 01:16
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(4) Crescer Entre Entardeceres

CRESCER ENTRE ENTARDECERES
 
Cresci entre o entardecer disfarçado pela luz eléctrica.
E o entardecer demorado e mágico do lugar,
que sem me ver nascer, adoptou. E eu a ele.
Sonhos e promessas em olhares sem pressa.
Resgatados em ofertas de prazer.
Sinto-me imensa quando o olhar pousa nas ramagens altas
do topo dos pinheiros.
A alma ensurdece, às angústias que a atulham (não sei porque razão).
E adormece na música do vento,
que brinca por entre flores mato e árvores.
Crescem á solta sem ninguém a empatar o espreguiçar da vontade.
O céu estende-se, de mim até onde os olhos chegam.
Os cheiros chegam a mim (não sei de que flores), são tantos!
Os verdes misturam-se com a cor da terra.
E eu resulto … adiada … A tentar distingui-las, separá-las.
Simples distracção. Não as quero desacasalar. É assim que as amo!
Num amontoado de vida que vive sem cercas.
Queria partilhar contigo este prazer.
Não saberei nunca encontrar a palavra certa,
para cada emoção a nascer,
quando por aqui desamarro os olhos.
Voltam tristes, na hora da partida.
Agarram a catadura que deixaram,
onde o céu espreita nos espaços deixados entre prédios;
No verde preso numa e outra varanda
a fabular as cores que guardo no peito.
Aqui não fui mais feliz que em qualquer outro lugar.
Nasci com a alma a pedir abraços ao mundo!
Mas aqui… Sossega-me a alma no alto dos pinheiros
a olhar o céu que não tem fim.
 
Ana Rita
publicado por poesiaemrede às 01:13
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(3) Porto da Cruz

Porto da Cruz
Terra dançante,
Silêncio constante
Banhado pelo mar.
A teu povo sempre deste
Um naco de pão
E da parreira fizeste
Vinho no garrafão.
Não são uma nem duas
As belezas que tens,
As mais belas de todas
São as nossas mães.
Desde a Furna até ao Pico
Há muito para ver,
O engenho mói as canas
Para o bêbedo beber.
A malta mais jovem
Gosta muito de passear
E também de ir ao "Dino"
Jogar um bilhar.
Mas não me posso esquecer
Ainda antes de terminar,
Das bilhardeiras que falam
Sem nunca se cansar.
Como vês, Porto da Cruz,
Tens um pouco de tudo,
Zaragata, divertimento
E alegria sobretudo.

Autoria: Magna Rodrigues  
publicado por poesiaemrede às 01:02
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Sábado, 1 de Dezembro de 2007

(2) O Estrangeiro

O Estrangeiro
 
O que não vê rasgos de tinta
Neste meu xaile em tons de cinza
Então se chegue à minha quinta
Mais
 
Eu lhe pergunto: quem tem certezas
De quanto pão está sobre as mesas
Porque outros mais verão belezas
Tais
 
Se ainda assim, não vês o que é
Parte de mim, a minha fé
Estarás no mar, num mar sem pé
 
Mas olha a mesa, à tua frente
A vela acesa, a minha gente
Consegues ver, sentir quem sente
 
 _____________________________________________________
                                                                      Márcia Gaspar
 
publicado por poesiaemrede às 17:54
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(1) Arcoverde, Minha Terra por Opção

ARCOVERDE, MINHA TERRA POR OPÇÃO

 

Não fui gerada em seu seio, mas fui por você

Acolhida como filha adotiva desde tenra idade

Seus braços foram abertos acarinhando-me desde a infância

E neles encontro o aconchego que tão bem me faz

 

Terra hospitaleira de geografia privilegiada

Cercada de serras por onde o sol sorri pela manhã ao nascer

E despede-se emoldurado por um dourado-avermelhado ao entardecer

Trocando de lugar com a lua vestida com as cores de suas fases

 

Seu coração sertanejo é forte, acostumado as intempéries da seca

Em seu solo falta chuva, mas as lágrimas do seu povo sofrido

Lavam as impurezas e as tristezas da alma molhando o chão esturricado

Seu povo é feliz. Aprendeu a fazer das dificuldades ponte para o aprendizado

 

Aqui brinquei, sorri, estudei, chorei, amei, cresci

Aqui me tornei menina-moça, mulher, mãe, trabalhadora, guerreira, educadora

Aqui descobri a importância da espiritualidade como fonte de crescimento

Aqui aprendi a ver em Deus um amigo para conversar e confiar

 

Em sua generosidade oportunizou-me atuar na vida profissional

Em sua grandeza de espírito, ensinou-me a viver em paz

Em sua sabedoria fez-me militante e ativista das causas humanas

Em sua poesia ensinou-me a escrever em versos.

 

Autoria: Selma Amaral


publicado por poesiaemrede às 17:49
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