Portugalidade
Pelo Norte com Chaves abri,
Lugares vivos e boas gentes
De tempo frio e Homens quentes
A outra invicta havia ali.
Para sul, vendo, olhando, rumei,
Bebi vinho, iguarias comi,
Paisagens lindas e praias eu vi,
Belas montanhas de neve amei.
De saber, cheguei à cidade
De doutos e outros senhores
Bom português, fado e amores
Encantos de vida na verdade.
Sete colinas são as tuas,
És grande, pelo Tejo banhada
Bela, és por todos amada
Na luz que ilumina as ruas.
Planícies de perder o fim,
Chaparros, searas de trigo,
Gaiatos a brincar no milho,
É o quadro mais belo p’ra mim.
Algarve de sol e do mar azul
Dos ingleses e laranja doce
É agora, como se fosse
O nosso outro reino ao sul
Na verdade não há ideal,
A minha terra é Portugal!
Na minha terra
A terra… Preta, preta, preta…
O verde… Come-se…
Os pássaros… Um azul quente…
Os Velhotes… Os suores…
A transpiração… As rugas…
Círculos… Vidas…
Os Avós… Os Netos…
Os Netos… Os filhos dos Netos…
O lugar… A aldeia…
O respeito… A simplicidade…
Os actos… A verdade…
Sem preços… A honestidade…
Na minha terra…
É assim,
Na minha terra…
Migos Môr
Cidade do Porto
As tuas iniciais,
São nome de Portugal.
São cinco letras reais,
Pois tu és original!
Tenho gosto e vaidade
Por ter nascido no porto.
Sou desta linda cidade
Tripeiro vivo ou morto.
Sou deste porto velhinho
Do rio douro vaidoso.
Também és nome do vinho
Que no mundo é famoso.
Do caloroso São João,
Do trinta e um de Janeiro
E das tripas com feijão,
Deste porto hospitaleiro.
E da velhinha ribeira
Do mercado do bolhão!
É esta cidade tripeira
Que trago no coração.
És minha cidade
Do norte de Portugal,
Terra de Liberdade
Sempre nobre e Leal.
Pedro Augusto
Minha Terra
Em minha terra me sinto tão acolhida e integrada,
que às vezes me faltam olhos críticos
ou de justo encantamento
- a ela não pareço estar suficientemente atenta .
Se viajo, outras seguram o meu olhar curioso,
predisposto a delas gostar
- há quase sempre a intenção de voltar.
Mas é à minha terra que sempre retorno,
bendizendo o meu lugar no mundo,
aquele que reconheço como pátria
e me reconhece como filha.
Terra minha,
não apenas um espaço físico,
mas um conjunto de sentimentos,
modos de ser, posturas,
que definem sua alma,
nossa alma brasileira...
Cecília Quadros
A minha Terra
Uma terra sem fim,
de amor e alegria!
Os velhotes como alguns lhe chamam
não têm nada a perder,
desde que estejam ao pé da familia
não hão-de sofrer.
Um sorriso de um idoso,
é uma flor a nascer,
de como é,
no fim de crescer.
Porque uma terra,
sem familia,
não é terra
porque para ter alegria
é preciso saber,
como é que se ajuda uma pétola a florescer!
Do alto da serra algarvia
Vislumbro um magnífico esplendor.
Sente-se uma suave melodia
Inspiração única para qualquer escritor
A essência pura do rio que chega ao mar!
Aqui, onde a água salgada beija a areia
E a natureza continua virgem
Relembrando as batalhas do passado.
No ar… o cheiro das flores
O esvoaçar de um bando de pardais
E o sorriso da lua ao sol.
Vê-se o dia a terminar…
A praia espreita o horizonte,
Os barcos regressam ao lar,
Ouve-se o correr da fonte,
E o crepúsculo apresenta-se mais uma vez formoso!
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Vânia N.
Onde penduro o chapéu
Passei por muitos arvoredos,
Pinhais, montes, cidades e vilas,
Colinas, lagos, prédios e ruínas,
Beleza sem fim e horríveis penedos
Andei por planícies e montanhas,
Caminhei por vales e estreitos,
Toquei casas e apartamentos,
Imensas vivendas estranhas
Vivi em barracas e mansões,
Comi do pior, também do melhor,
Topónimos todos, não sei de cor,
Vi lugares de luz e escuridões
Seja a sarjeta ou um céu
Seja na praia ou na serra
Na verdade a minha terra
É onde penduro o chapéu
António Romano
Minha Terra, Aldeia Febril
A febre é sintomática
De cruel flagelo servil
Sua ferida enigmática
Inflama em chamas corpo febril
Num disfarce de calor
Um pedido de socorro
Um apelo espacial
Ecoa no universo seu clamor!
Forte rubor denuncia
Aumento da temperatura
Perigo prenuncia
O berço vira estufa
Arde em seu corpo queimadas,
Lágrimas vertem geladas
E, o vento enfurecido
Joga o berço ao rochedo
Estremece o adormecido!
Rompe-se a renda do véu
Berço exposto
Impedida de contemplar o céu
Esconde entre as mãos, o rosto
A luz que o berço ilumina
Também fere,
Queima as faces da menina
Febril geme tristonha,
Minha aldeia pequenina!
Gelcí
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