Sábado, 22 de Dezembro de 2007

(18) Territorialidade

TERRITORIALIDADE


Meu altar entre concha e girassol,
Meu estro, meu luar de incenso e prata,

Tão humilde é a voz que te retrata

Quão desmedida a luz desse teu sol...

 

Tua planura imensa como imagem

De uma capela erguida junto ao mar…

Eu ergo a minha voz para te cantar

Uma canção que vem dessa paisagem.

 

Quem dera ir mais além, cantar mais alto

A serena beleza que me envolve

Sobre este chão salgado onde nasci

 

Onde a terra e o mar, num sobressalto,

Justificam a paz que agora absolve

A vida de ilusões que vivo aqui…

 


Maria João Basílio Brito de Sousa 

publicado por poesiaemrede às 01:46
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8 comentários:
De L.B. a 23 de Dezembro de 2007 às 19:54

Lindo o soneto!

Gostava de escrever assim, de saber dizer a luz, a cor, a beleza... como quem pinta um quadro. O quadro que tive o privilégio de admirar lendo as suas palavras.
Obrigado!
De Rosa Silva ("Azoriana") a 7 de Janeiro de 2008 às 11:02
Gostei imenso. Está lindo.
De Eduardo Lopes a 10 de Janeiro de 2008 às 22:09
Um poema maravilhoso que nos faz reflectir e sonhar.
Obrigado por este pedacinho de beleza!
De mariaivonevairinho@sapo.pt a 16 de Janeiro de 2008 às 01:31
Maravilhoso soneto, perfeito na métrica, na acentuação, na riqueza da metáfora, com "fecho" de ouro. Um tesouro na depuração da palavra.
É muito bom constatarmos que em Portugal ainda há quem saiba escrever tão bem em moldes clássicos.
Parabéns, Maria João, por esta verdadeira "pérola" de Poesia!
Maria Ivone Vairinho
De lourenco almada a 21 de Janeiro de 2008 às 19:00
Leve, suave é este poema que nos embala para o Divino e para o melhor que há em nós. Parabéns.
Lourenço de Almada
De RAMA LYON a 23 de Fevereiro de 2008 às 15:04
Que posso eu, dizer mais do que aquilo que atrás já ficou descrito?...
Simplesmente...maravilhoso este poema.
Parabéns

RAMA LYON
De Maria João Brito de Sousa a 17 de Março de 2008 às 11:17
Peço desculpa por só agora agradecer o seu coment´rio, RAMA LYON. Estou com muito trabalho e tenho vindo muito pouco até aos "Poemas da Minha Terra". Mais vale tarde do que nunca, não é verdade?
De RAMA LYON a 25 de Abril de 2008 às 13:52
PARABÉNS...
Pelo triunfo alcançado e tão bem merecido...

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