lírico refúgio da existência
Extenso mar azul, rico por inteiro,
Meu prazer na infinita ilha do ribeiro,
Terra onde falece o choque e nasce o encanto.
Vedes a metamorfose do meu recanto
Ser mutilada no ideal da metafísica,
É a minha existência a profunda lírica.
Seguro a fontana, filha do Sol nascente,
Some-se o pânico de si mesmo carente,
Terra que tardia no meu esquecimento.
Nem voo serrado faz em mim, oh vento!
Breve prenúncio: oiço o mar num búzio;
Quente maré que me arrasta p’ro meu refúgio…
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