Não é minha alma porque ela sou eu
Não é minha alma porque ela sou eu,
Terra de vida acordada,
Onde o meu reflexo não é perplexo, é teu!
Flor de água banhada.
Canto para o canto,
Perdido no universo desconhecido,
Em ti não existe pranto,
Honro aqui e por ti ter nascido.
Cada grito que largas no pequeno oceano,
Perfura o mundo distante,
Por mais que tentem, teu clamor é soprano,
Ai minha terra! Teu falar tão cativante!
Quando quero dizer-te adeus,
Tu não choras, eu não rio.
Sinto-te para lá do além, como um Deus.
Mas guardo sempre e para sempre o nosso brio.
José Manuel Rodrigues de Sousa
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