Casa de Solidão
Neste lugar de esperança inacabada,
Ergui meu templo de vaga paixão
E, neste império de desolação,
Fiz da noite minha eterna morada.
Esta é a minha terra, a minha estrada,
Meu refúgio de eterna escuridão,
Santuário de silêncio e solidão,
Onde minha alma dorme, abandonada.
Neste recanto de sombras e amor,
Senti carinho e ódio, paz e dor,
E de mim fiz um destino diferente.
Hoje, o meu templo jaz arruinado,
Mas, mesmo assim, é o meu lugar sagrado,
Porque, aqui, serei eu eternamente!
Carla Ribeiro