Sexta-feira, 29 de Fevereiro de 2008

(77) Coimbra

Coimbra
 
Em ti,
Cidade cantada das cidades,
O sonho não tem fim,
A saudade não tem início,
A morte não tem lugar.
Em ti,
Cidade da juventude eterna,
Dos segredos sussurrados pelas ruas,
Do pôr do sol, do nascer das luas,
Das visões, dos projectos, das promessas,
A morte não tem lugar.
Em ti,
Poesia clara da verdade,
Tradição pura e presente,
O coração bate mais do que a idade,
E a emoção estala, toda, num repente.
Porque em ti,
Cidade amor,
A morte não tem lugar.
Em ti,
Por ruas antiquíssimas e solenes,
O peso da humanidade, com a leveza duma brisa de verão,
Acompanha os meus passos,
E diz-me que em ti
A morte não tem lugar.
Porque em ti, só em ti,
A vida és tu, e tu não morres,
Nem hoje, nem nunca,
Por seres, o que és,
Coimbra.

 
André Vilhena
 

publicado por poesiaemrede às 00:01
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Quinta-feira, 28 de Fevereiro de 2008

(74) Não me alcunhei de Coimbra

Não me alcunhei de Coimbra


Ó Augusto, Augusto...
Olha o que fazes de ti,
Sempre a gabar Portugal
E alcunhas-te yodleri?

Que raio de coisa é essa?
Podias usar Coimbra,
Que é tua terra natal,
E por sinal é tão linda!...

Ou Fado, Fado é bonito!
Ou Mondego, ou Choupal.
Chanfana dum bom cabrito,
Ou batatas em água e sal!

Outra alcunha bestial:
Grelos, ai verdes grelos;
Rancho ou feijoada
Ossos, quem dera tê-los!

Ou... isso, Repúblika
Aquela do Prákistão...
Ainda ca dos Kágados
Tambem fizesse vistão.

Ou Manga, ou Sereia,
Ou Jardim do Tritão.
Ou mais que venha à ideia,
Mas yodleri?... Não!...

Anónimo
publicado por poesiaemrede às 23:53
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