Sábado, 1 de Março de 2008

(83) Minha Terra

Minha Terra

 

Em minha terra me sinto tão acolhida e integrada,

que às vezes me faltam olhos críticos

ou de justo encantamento

- a ela não pareço estar suficientemente atenta .

Se viajo, outras seguram o meu olhar curioso,

predisposto a delas gostar

- há quase sempre a intenção de voltar.

Mas é à minha terra que sempre retorno,

bendizendo o meu lugar no mundo,

aquele que reconheço como pátria

e me reconhece como filha.

 

Terra minha,

não apenas um espaço físico,

mas um conjunto de sentimentos,

modos de ser, posturas,

que definem sua alma,

nossa alma brasileira...

 

  Cecília Quadros

publicado por poesiaemrede às 02:58
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Terça-feira, 26 de Fevereiro de 2008

(72) Um dia na minha Terra

Um dia na minha Terra

 

Era pequena e sonhava,

Gostava de animais,

Da terra onde vivia,

Do ar puro,

Das flores,

De brincar,

Do sol que entrava na minha janela.

Era pequena  e sonhava .....

Mas o tempo foi passando,

A vida mudando,

Mas ainda continuo na minha casinha,

Pintada de branco e amarelo.

Tenho um quintal e tenho em redor as mais belas paisagens que se pode ter.

Não só o céu azul, o manto verde do campo e as flores,

Mas sim o encanto e a beleza  que  me ilumina todos os dias.

Talvez não esteja no sítio mais belo,

Mas encontro o silêncio e a felicidade.

Acordar de manhã e respirar um ar tão majestoso

É para mim a liberdade e um infindável bem estar.

Um dia na minha terra será perfeito quando conseguir pintar a beleza de uma paisagem

E será para sempre a mais bonita lembrança que tenho da minha aldeia.

 

 

 

 

 

 

 

                                                 Patrícia Caldeira

 

publicado por poesiaemrede às 23:06
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Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2008

(71) "Há coxas nuas a correr pela cidade."

“Há coxas nuas a correr pela cidade.”...

 

 

Há coxas nuas a correr pela cidade.

Ninguém repara nelas,

são coxas vulgares

umas de mulheres

outras de homens,

andando sozinhas, separadas de corpos e almas,

pelo Bairro Alto à noite,

pelas calçadas com pedras soltas,

pelas escadinhas escondidas atrás das esquinas,

pela minha casa e pela minha cama,

quando a penumbra abandona o seu silêncio azul

e lentamente nos murmuria

o caminho da pele.

 

São coxas simbólicas

lembranças de pequenos amores

e esquecimentos feitos de manhã

quando o corpo já expulsou os seus males

e do sexo terminado faz motivação luminosa.

 

Algum dia apanharei uma dessas coxas

e a juntarei a mim.

Aí poderei estar à frente do espelho

e encontrar-me naquele limiar

onde observo desfocadamente

o recanto já velho da minha surdez

e já não sei o que vejo:

se o teu cabelo

se o mar invadindo-me.

 

 

 

 

 

David Erlich
publicado por poesiaemrede às 21:22
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Terça-feira, 12 de Fevereiro de 2008

(56) A Praça

A PRAÇA

 

Rejuvenescida e vivaça

Ex-libris da cidade

Tão bela está a Praça

Nosso orgulho e vaidade

 

Acolhedora e colorida

Espraiam-se nela esplanadas

Buliçosa e envolvida

De gentes refasteladas

 

Agradável a quem passa

É o coração da cidade

A nossa tão velha Praça

Respira graciosidade

 

Sala de visitas de Leiria

Alegre e irrequieta

De todos é companhia

Até do Rodrigues Poeta

 

Em tempos rosa perdida

Que por milagre e graça

A Rainha Santa deixou caída

E se transformou em Praça

                                                              
                                                    Isabel Batista

publicado por poesiaemrede às 00:45
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Sexta-feira, 8 de Fevereiro de 2008

(49) Praia das Pérolas Perdidas

Praia de pérolas perdidas
 
À meia noite de um dia sem céu naquela terra clara de mar
(Terra de amores perdidos, tragos esquecidos…
Terra onde o frio é trevas e o quente brilha na madrugada)
Vulto, sentado, fito o chão molhado
De areia de pérolas de carvão
Pedaços de um coração...
É aí que tu irrompes pela penumbra,
Sereia andante, de olhar flamejante...
Que naquela noite sai ao encontro
De uma palavra de louvor
Sentaste-te e pediste-me uma das minhas pérolas
Eu, hesitante e de olhares imprecisos,
Receios de trivialidades esquecidas
Perco mais uma lágrima sábia...
O silêncio.
Levantas-te ao som dos teus cabelos de prata
Fugidios, como tu
Então, o que resta de mim ainda te confessa,
Quase no ocaso de uma alma já incógnita
« todas as verdadeiras pérolas do mundo são para ti...»


Daniela Maia

 

publicado por poesiaemrede às 02:34
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