Sexta-feira, 25 de Janeiro de 2008

(39) Figueira que dá Rosas

Figueira que dá rosas

 

Terra onde o tempo acaba pelo amanhecer

Incandescente noite a dourar o sonho do pescador

A febre da vertigem do arbítrio

Lançada em damas de copas aladas

Que vão descendo até ao leito do Mondego

Se perdendo no azul gélido imenso.

Mas a maresia voa e pinta o céu de ouro

Em incandescente e festivo fogo santo

Paisagem bela sobre o embarcadouro

Onde no Verão escaldante a noite varre o quente

E a folia é esguia, cosmopolita e densa.

 

É preciso amar a praia das gaivotas dançantes

Sorver a aragem purificante sopro do Atlante

Presente de Vénus, perfume inebriante.

E então dormir ao luar dourado e triste

Sob pérolas suaves na noite estrelada

Contemplar a mais bela rosa, doce, rubra, encantada

Qual sereia apaixonada que, sorrindo, em terra persiste.

 

Autor: Rodriguez

(blog: thisblackheart.blogspot.com)

publicado por poesiaemrede às 00:49
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