Oh terra minha de encanto e esplendor,
De terras bravadas nas tuas brumas deslizantes,
Rios de vitória, ouros de brilhante,
Douro, barcos de brisa infinita,
Sentimentos vivos e sentidos,
Toque penetrante da tua tão brilhante fantasia,
Oh Porto, meu navio fogoso, desse tão livre rancor.
É de ti que eu vivo, na noite caída, do vendaval da ira,
Cidade de tão íntegra imparcialidade, de astro fumegante,
Que floresce no peito agreste, brota alegria,
Oh terra minha de face de maresia.
Manuel Cartaxo
A MINHA ALDEIA
Recordo as moças da minha aldeia!
Aquelas danças de roda no cruzeiro,
Recordo todos os caminhos de areia
E os pássaros que cantavam no Loureiro.
Recordo a linda terra onde nasci
Retratada na tela dum pintor;
O anoitecer...onde os grilos num gri gri,
Entoavam para mim canções de amor.
Recordo o campo, os montes, os pinheirais;
Agora...apenas sinto a nostalgia
Da Mocidade que passei e não vem mais,
Onde o Recordar é uma triste Nostalgia!
TÓ...PATUDO
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