Sexta-feira, 7 de Março de 2008

Poemas da Minha Terra - Publicação Final


Ver a Publicação Final

"Poesia em Rede".
publicado por poesiaemrede às 01:00
link | comentar | ver comentários (5) | favorito
Sábado, 1 de Março de 2008

(80) Do Alto da Serra Algarvia

Do alto da serra algarvia

Vislumbro um magnífico esplendor.

Sente-se uma suave melodia

Inspiração única para qualquer escritor

A essência pura do rio que chega ao mar!

 

Aqui, onde a água salgada beija a areia

E a natureza continua virgem

Relembrando as batalhas do passado.

 

No ar… o cheiro das flores

O esvoaçar de um bando de pardais

E o sorriso da lua ao sol.

 

Vê-se o dia a terminar…

A praia espreita o horizonte,

Os barcos regressam ao lar,

Ouve-se o correr da fonte,

E o crepúsculo apresenta-se mais uma vez formoso!

 

_____________________________________________________

 

Vânia N.

publicado por poesiaemrede às 02:44
link | comentar | favorito

(79) Onde Penduro o Chapéu

Onde penduro o chapéu

 

Passei por muitos arvoredos,

Pinhais, montes, cidades e vilas,

Colinas, lagos, prédios e ruínas,

Beleza sem fim e horríveis penedos

 

Andei por planícies e montanhas,

Caminhei por vales e estreitos,

Toquei casas e apartamentos,

Imensas vivendas estranhas

 

Vivi em barracas e mansões,

Comi do pior, também do melhor,

Topónimos todos, não sei de cor,

Vi lugares de luz e escuridões

 

Seja a sarjeta ou um céu

Seja na praia ou na serra

Na verdade a minha terra

É onde penduro o chapéu

 

António Romano

publicado por poesiaemrede às 02:37
link | comentar | ver comentários (1) | favorito
Sexta-feira, 29 de Fevereiro de 2008

(77) Coimbra

Coimbra
 
Em ti,
Cidade cantada das cidades,
O sonho não tem fim,
A saudade não tem início,
A morte não tem lugar.
Em ti,
Cidade da juventude eterna,
Dos segredos sussurrados pelas ruas,
Do pôr do sol, do nascer das luas,
Das visões, dos projectos, das promessas,
A morte não tem lugar.
Em ti,
Poesia clara da verdade,
Tradição pura e presente,
O coração bate mais do que a idade,
E a emoção estala, toda, num repente.
Porque em ti,
Cidade amor,
A morte não tem lugar.
Em ti,
Por ruas antiquíssimas e solenes,
O peso da humanidade, com a leveza duma brisa de verão,
Acompanha os meus passos,
E diz-me que em ti
A morte não tem lugar.
Porque em ti, só em ti,
A vida és tu, e tu não morres,
Nem hoje, nem nunca,
Por seres, o que és,
Coimbra.

 
André Vilhena
 

publicado por poesiaemrede às 00:01
link | comentar | favorito
Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2008

(68) Arruda

Arruda

Vila perdida
naquele Vale Quente,
terra desconhecida
que não me sai da mente.
Fico eloquente,
não tenho saida.
Tenho que voltar
a essa terra perdida.
Lembro pensamentos,
trago as recordações,
os amigos esquecidos,
o fim das relações.
Ai, a vila perdida
a vila que não muda,
a terra esquecida
a vila de Arruda.

Miguel Fonseca Esteves
publicado por poesiaemrede às 21:12
link | comentar | favorito
Terça-feira, 19 de Fevereiro de 2008

(63) A Madeira é um Jardim

A Madeira é um Jardim
 
Tantos jardins percorri
À volta da terra inteira,
Mas o mais lindo que eu vi
Foi a Ilha da Madeira.
 
Recordo a minha alegria
E o fascínio do momento
Que eu senti naquele dia
Ao ver tal deslumbramento.
 
Foi tão grande a surpresa
Que pairou dentro de mim
Que minh'alma ficou presa
No encanto deste jardim.
 
Por momentos eu pensei
Ser apenas uma miragem,
Mas depressa me embalei
Na magia desta paisagem.
 
A Madeira é um lazer
Que nos dá imenso gozo,
Continuará sempre a ser
Um jardim maravilhoso.
 
Quando nós de lá partimos
É tão grande a sensação
Que no peito até sentimos
Um jardim no coração.
 
    RAMA LYON
publicado por poesiaemrede às 01:45
link | comentar | ver comentários (43) | favorito
Terça-feira, 5 de Fevereiro de 2008

(46) No Vale dos meus Barris

" No Vale dos meus Barris"

Da criança que eu já fui
restam-me algumas lembranças...
Alguns sítios, brincadeiras.
No Vale dos meus Barris,
junto à Senhora da Escudeira,
no ermo da Capelinha,
palco de devotas tradições,
arraiais e procissões,
respira-se a sete pulmões,
alecrim e alfazema.
Lembranças da minha infância
de um verde prado a perder de vista.
No seio da natureza,
vi correr as cavalhadas
e dançei, desajeitadamente...
ao som de bailaricos populares.
Corri montes,
vi moleiros, vi moinhos
vi rebanhos e pastores
e flores de todas as cores,
das quais retenho, ainda, os odores.
Bebi água de puras fontes,
provei o mel em seus favos
e lambusei-me a regalo,
debutando o vestido domingueiro
comprado com pouco dinheiro,
com o vermelho silvestre das amoras.
Sei hoje que fui feliz
no Vale dos meus Barris.

Celeste

publicado por poesiaemrede às 23:18
link | comentar | favorito

(45) Uma Aldeia de Viseu

Uma Aldeia de Viseu

 

No Vale da Ribeira situada,

Ao pé da serra encostada…

 

Aldeia da minha infância,

Outrora, alegre e divertida…

As crianças brincavam pelas ruas,

Nas ceifas, as pessoas cantavam

E aos domingos pelos verdes caminhos,

Os namorados passeavam.

 

No Inverno, parece perdida no tempo.

Apenas o relógio da capela interrompe

O silêncio que percorre as ruas desertas,

Onde permanecem histórias passadas,

Entre as velhas casas de granito…

Há muito tempo abandonadas!

 

No Verão, os filhos estão de regresso.

À noite, olha-se as estrelas,

Ouvem-se os grilos e o tempo é infinito,

Mas tudo muda ao acordar…

O dia tem mais ritmo, mais vida,

Até se ouvem os passarinhos a cantar.

 

Como filha, é sempre bom voltar

Onde as pessoas me vêm logo abraçar,

Mas tanta tradição se perdeu…

“À Minha Terra de Viseu!”

 

 

Dina Rodrigues

publicado por poesiaemrede às 23:16
link | comentar | ver comentários (6) | favorito

(44) Segredos Revelados

Segredos revelados

Essa terra guarda segredos
Eu sei, não os posso contar
Mas vejo espalhadas as pistas
Em confidências feitas sob o luar.

Os segredos dessa terra
São simples de adivinhar
Basta olhar em seu espelho
O rio que a pedra não pode quebrar.

Não é mais segredo nessa terra
As belezas que surpreendem o olhar
Essas sim são reveladas
E amparadas por São José de Macapá.


- Navi Leinad -

publicado por poesiaemrede às 23:14
link | comentar | favorito

(43) Saudades da Arrábida

                        “ SAUDADES

                        DA ARRÁBIDA “

                       

                Oh, sol!

Porque brilhas tão alto?

Diz-me! Preciso do teu calor,

Aquele que aquece o asfalto

Quando o verão é abrasador.

               Oh, sol! Sol da minha alma!

Vem p`ra perto e no degelo

Deixa correr minhas lágrimas

                        Com elas vai meu apelo.

                Oh, sol! Sol do meu cansaço!

Diz-me por onde passaste

E se acaso em teu abraço

A Arrábida encontraste.

               Oh, sol! Diz-me…

                        Mas entretanto,

Deixa-me eu a ti dizer

Desta saudade, este pranto

Que aos poucos me faz morrer.

                 Oh, sol! Fiel mensageiro!

Vai até àquela margem

Do mato, traz-me seu cheiro

Do rio Sado, a paisagem.

Busca na serra o verde

                        Que há tanto tempo não vejo

                Oh, sol! Se por lá passares,

Diz-lhe desta minha sede

E, depois, rega-a com um beijo.

Pois, se teus lábios fossem meus,

Beijá-la-ia… ( Meu Deus!)

Até matar meu desejo.

                                                   

                                            Maria Crispim

                                            1 de Junho 2007

publicado por poesiaemrede às 23:12
link | comentar | ver comentários (3) | favorito
Domingo, 3 de Fevereiro de 2008

(42) A Representação do Mundo

A Representação do Mundo

Há uma marca especial
Que em toda a terra se regista
Teve origem em Portugal
E nos orgulha essa conquista!

Basta imaginar ou ver
Um mapa com todo o mundo
E nele se vai compreender
Este achado tão profundo:

Está ao centro localizado
Um honrado e belo país
Devemos por isso amá-lo!

O mundo é assim representado
Porque como a história diz
Fomos os primeiros a desenhá-lo!


salouro
publicado por poesiaemrede às 02:58
link | comentar | favorito

(41) Espécie de fuga do meu mundo exíguo

"espécie de fuga do meu mundo exíguo"
 

tardo em rebolar as altas paredes
que me cercam, e à volta tudo socumbe
no meu corpo ridiculamente pequeno.

consta do meu livro de versos

uma rua estreita atirada ao rubro
de um nós em perspectiva.
e isso fortalece-me.



e por isso
vou estando

como findo,
e (re)faço-me

uma outra vez,
e sempre,

sobre o mundo amplo
que nos acenda nos dias.


--
tiago dias

publicado por poesiaemrede às 02:49
link | comentar | favorito
Sábado, 26 de Janeiro de 2008

(40) Homossexualidade Urbana - Lisboa

Homossexualidade Urbana - Lisboa

 

Ela sente a vida

Absorve cada voz, cada choro, cada frémito vibrante

Desta cidade pecadora

Como uma fiel e antiga amante.

 

Sente tudo o que ela sente

Toda a dor, toda a tristeza

Sente as suas lágrimas quentes de princesa

Escondidas por detrás do sério semblante.
 

A cidade é ela, e ela é a cidade.

Mil facetas, mil personalidades, mil possibilidades de vida.

A cidade-boémia

A cidade-melancólica

A cidade-prática

A cidade-atrevida

A cidade-sonhadora…

São almas gémeas.

 

E ela deseja-a só para ela, mesmo que povoada de gente.

Quer ser parte dela, porque sabe que já é,

Embora ainda tenha o seu próprio corpo.

E jura que não mente.

 

Jura que partilhará a mágoa da cidade com a sua

Se é que ela ainda a sente.

De tanto amar a cidade, de querer fundir-se nela para sempre,

Já não sabe se sente tudo, se nada sente.

Só sabe que a ama, que a ama,

E que será dela eternamente.

 

Virgínia Vieira

publicado por poesiaemrede às 14:27
link | comentar | favorito
Sexta-feira, 25 de Janeiro de 2008

(39) Figueira que dá Rosas

Figueira que dá rosas

 

Terra onde o tempo acaba pelo amanhecer

Incandescente noite a dourar o sonho do pescador

A febre da vertigem do arbítrio

Lançada em damas de copas aladas

Que vão descendo até ao leito do Mondego

Se perdendo no azul gélido imenso.

Mas a maresia voa e pinta o céu de ouro

Em incandescente e festivo fogo santo

Paisagem bela sobre o embarcadouro

Onde no Verão escaldante a noite varre o quente

E a folia é esguia, cosmopolita e densa.

 

É preciso amar a praia das gaivotas dançantes

Sorver a aragem purificante sopro do Atlante

Presente de Vénus, perfume inebriante.

E então dormir ao luar dourado e triste

Sob pérolas suaves na noite estrelada

Contemplar a mais bela rosa, doce, rubra, encantada

Qual sereia apaixonada que, sorrindo, em terra persiste.

 

Autor: Rodriguez

(blog: thisblackheart.blogspot.com)

publicado por poesiaemrede às 00:49
link | comentar | favorito
Sábado, 19 de Janeiro de 2008

(32) Por Tua Tez, Os Meus Passos

Por Tua Tez, Os Meus Passos

 

Ao que me serve o olho

Aponto a tua  alvorada

Revelo o tom da certeza

Dos verdes mares deixados

Na terra que chamo de amor

Por onde canta teus pássaros

No entardecer das vontades

Meu povo expressa o cenário

“Nordeste” semente e calor

Deveras parte da vida

Tão luso, quanto riquesa

Berço de minhas conquistas

É neste poema saudades

Que me recordo teus dias

Porque te amei de verdade

Enquanto criança eu vivia

E hoje distante de ti

Já não conheço alegrias

Me deixe morrer em teus braços

Ó minha terra querida

 

Sao Paulo – 18 janeiro 2008.

Fernando Costa
publicado por poesiaemrede às 01:33
link | comentar | favorito

(31) Porto Meu

porto meu


são quentes teus abraços
da cor do vinho sabor de mel
excelentes fotografias como mulheres bonitas
de um céu azul sem dor

de ti se vê o mar
e quando do mar se te avista
deslumbran-se os olhos e a alma
e encalha-se em banco de areia
como rebento agarrado ao seio
sugando o leite morno e arrebatador
de um começo de vida até aí desconhecida

quando o vento por ti passa
e segreda baixinho ao ouvido
passagens por outras camas
roliços por outros montes
tuas pedras quais almofadas reviras
e pousas teus sonhos
porque nenhuma é tão sublime
como de maravilha é feito teu chão

bebemos da água que virados para o mar
corre pela tua esquerda em mansa paz
sossegamos aflições em fim de tarde
sob luzes mirabolantes e perfeitas
sob os holofotes da tua magnificência
e respiramos cada canto teu
na certeza de que a tua aura é sempre maior
na relação do amor com as outras coisas do mundo

                               de sousa
publicado por poesiaemrede às 01:29
link | comentar | favorito
Sexta-feira, 18 de Janeiro de 2008

(30) Herança Além Tejo

HERANÇA ALÉM TEJO

 

Lavo a alma

nas águas do Tejo,

alma das cartas que

ficaram sem resposta.

 

Do tempo esquecido,

de esperanças na partida

e saudades que

ficam no horizonte.

 

O Tejo que num dia

se tornou um ponto,

o risco,  cicatriz de

 corte antigo e profundo.

 

Marcas que ficaram

no coração, das

lágrimas que nunca

secam completamente.

 

Deixo nele este tesouro,

 a arca vazia que trago comigo

e esta herança que não

cabe no meu peito.

 

                                      Sanio Morgado

publicado por poesiaemrede às 00:49
link | comentar | favorito

(29) Alpalhão

Alpalhão
 
Oh Alpalhão terra de valor
Tens o explendor tens o povo em festa
Em cada canto nasce uma flor
Não deve haver terra como esta
As raparigas todas briosas
Não só vaidosas sabem cantar
Oh terra linda não ha igual
És a mais bela de Portugal
Oh terra linda não ha igual
És a mais bela de Portugal
 
 
Tina
publicado por poesiaemrede às 00:47
link | comentar | favorito

.Poemas a Concurso

. Poemas da Minha Terra - P...

. (80) Do Alto da Serra Alg...

. (79) Onde Penduro o Chapé...

. (77) Coimbra

. (68) Arruda

. (63) A Madeira é um Jardi...

. (46) No Vale dos meus Bar...

. (45) Uma Aldeia de Viseu

. (44) Segredos Revelados

. (43) Saudades da Arrábida

. (42) A Representação do M...

. (41) Espécie de fuga do m...

. (40) Homossexualidade Urb...

. (39) Figueira que dá Rosa...

. (32) Por Tua Tez, Os Meus...

. (31) Porto Meu

. (30) Herança Além Tejo

. (29) Alpalhão

.Mais Poemas a Concurso

. Março 2008

. Fevereiro 2008

. Janeiro 2008

. Dezembro 2007

.Projecto

blogs SAPO

.subscrever feeds

Em destaque no SAPO Blogs
pub