Quarta-feira, 20 de Fevereiro de 2008

(67) Ilha Encantada

Ilha Encantada

 

Sigo o teu rosto na noite e me conduz,

De encontro ao mar, ao firmamento...

No mar sinto o silêncio, do céu a cruz,

Nestes passos, perdura a dor e desalento.

 

Apego tão grande trago em mim,

Vislumbrando o teu toque, teu suspirar!

Faz-nos distantes o destino e sigo assim;

É o teu som que vive em mim aclamar...

 

É voz entoada ecoando vibrante,

Num corpo, que ao destino é lançada

Na procura dessa Ilha brilhante.
                      

Terra de sonho, imagem alucinada!

Destino de sossego ao viajante,

Lugar de início à caminhada!

 

 

 

Rui Cordeiro 11.2007

publicado por poesiaemrede às 00:20
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Sábado, 16 de Fevereiro de 2008

(61) Reminiscências e Coisas Mais

 

REMINISCÊNCIAS E COISAS MAIS

 

 

Cobriu de cinzas minh’alma quando parti.

Na bagagem  sabor de jabuticabas,

 o mistério dos porões escuros,

 chiado dos  carros de boi na modorra do dia

domingos chuvosos

 lamento de flauta pela vidraça molhada.

Um sonoro badalar. De onde é o sino ?

É o das Dores, é o de Santo Antônio?

Sons de matraca no silêncio das ruas.

Catas abandonadas - morada da Mãe do Ouro

visão fantasmagórica nas noites de prata.

O canto do pássaro no galho

doces manhãs de neblina,cheiro de infância.

 

O trem engole  a serra.Último silvo

 ponto final de uma meninice dourada.

O tempo derrama a saudade

e molha o peito com água dos olhos.

Anna Ayres

 
publicado por poesiaemrede às 02:16
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Sexta-feira, 8 de Fevereiro de 2008

(49) Praia das Pérolas Perdidas

Praia de pérolas perdidas
 
À meia noite de um dia sem céu naquela terra clara de mar
(Terra de amores perdidos, tragos esquecidos…
Terra onde o frio é trevas e o quente brilha na madrugada)
Vulto, sentado, fito o chão molhado
De areia de pérolas de carvão
Pedaços de um coração...
É aí que tu irrompes pela penumbra,
Sereia andante, de olhar flamejante...
Que naquela noite sai ao encontro
De uma palavra de louvor
Sentaste-te e pediste-me uma das minhas pérolas
Eu, hesitante e de olhares imprecisos,
Receios de trivialidades esquecidas
Perco mais uma lágrima sábia...
O silêncio.
Levantas-te ao som dos teus cabelos de prata
Fugidios, como tu
Então, o que resta de mim ainda te confessa,
Quase no ocaso de uma alma já incógnita
« todas as verdadeiras pérolas do mundo são para ti...»


Daniela Maia

 

publicado por poesiaemrede às 02:34
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