Sábado, 19 de Janeiro de 2008
porto meu
são quentes teus abraços
da cor do vinho sabor de mel
excelentes fotografias como mulheres bonitas
de um céu azul sem dor
de ti se vê o mar
e quando do mar se te avista
deslumbran-se os olhos e a alma
e encalha-se em banco de areia
como rebento agarrado ao seio
sugando o leite morno e arrebatador
de um começo de vida até aí desconhecida
quando o vento por ti passa
e segreda baixinho ao ouvido
passagens por outras camas
roliços por outros montes
tuas pedras quais almofadas reviras
e pousas teus sonhos
porque nenhuma é tão sublime
como de maravilha é feito teu chão
bebemos da água que virados para o mar
corre pela tua esquerda em mansa paz
sossegamos aflições em fim de tarde
sob luzes mirabolantes e perfeitas
sob os holofotes da tua magnificência
e respiramos cada canto teu
na certeza de que a tua aura é sempre maior
na relação do amor com as outras coisas do mundo
de sousa