Domingo, 2 de Março de 2008

(87) Portugalidade

Portugalidade

 

Pelo Norte com Chaves abri,

Lugares vivos e boas gentes

De tempo frio e Homens quentes

A outra invicta havia ali.

Para sul, vendo, olhando, rumei,

Bebi vinho, iguarias comi,

Paisagens lindas e praias eu vi,

Belas montanhas de neve amei.

De saber, cheguei à cidade

De doutos e outros senhores

Bom português, fado e amores

Encantos de vida na verdade.

Sete colinas são as tuas,

És grande, pelo Tejo banhada

Bela, és por todos amada

Na luz que ilumina as ruas.

Planícies de perder o fim,

Chaparros, searas de trigo,

Gaiatos a brincar no milho,

É o quadro mais belo p’ra mim.

Algarve de sol e do mar azul

Dos ingleses e laranja doce

É agora, como se fosse

O nosso outro reino ao sul

 

Na verdade não há ideal,

A minha terra é Portugal!

 

Mário L. Soares
publicado por poesiaemrede às 01:26
link | comentar | ver comentários (2) | favorito
Terça-feira, 26 de Fevereiro de 2008

(73) Saudades de ti

Saudades de ti

Molhada és tu, pelas águas do Atlântico,
donde, ao findar a tarde, tens um pôr-do-sol exuberante.
Mãe de poetas que te versam em lindos cãnticos,
e, não te esquecem, mesmo em terra tão distante.

Orgulho puro de quem nasceu de tuas entranhas,
por ver-te forte, mesmo ferida por batalhas.
Sobrevivente da ambição do homem, tão estranha,
que te feriu como corte de navalha.

Em cada esquina de tuas ruas há magia.
E nos teus largos, vês nascer novos amores.
Mavioso encanto e inspiração nas melodias...
És flor mais bela dentre todas outras flores.

Enamorado, apaixonado, te declaro:
que infinito é o que tenho ao coração.
Como poeta, nos meus versos deixo claro.
Todo o amor por ti: São Luis do Maranhão!



Autor(a): Sandra Cristina Silva Borges

publicado por poesiaemrede às 23:12
link | comentar | favorito
Quarta-feira, 20 de Fevereiro de 2008

(66) "A Minha Terra"

"A minha terra"

Esta terra não é a minha terra.
Nenhuma terra é a minha terra.
Nenhum grão do que seja, de terra, de areia, do que seja, é terra que eu pise.
Eu não piso chão algum.
Eu não me movo, não me atrevo, nesta ou em qualquer terra.
Quantos anos somam as poeiras que me ferem a vista cansada?
As poeiras que me devoram entranhas e pele e os olhos feridos, esbatida a visão que me tolda numa rajada de vento vil e doentio.
A poeira traiçoeira que me devora e não me deixa pisar o chão, chão algum.
Me fere a vista cansada, me expulsa desta casa que não tenho, que não habito, como a terra, terra alguma, seja qual for.
Nenhuma terra é a minha terra.
Eu não vivo, nem respiro, não me movo, nem respiro, não existo, nem respiro.
Em terra alguma, eu não tenho terra, eu não a exijo, não a permito.
Esta, esta terra que não é minha.
Nem esta nem terra nenhuma.

Anónimo
publicado por poesiaemrede às 00:11
link | comentar | ver comentários (4) | favorito
Terça-feira, 19 de Fevereiro de 2008

(65) Terra de Portugal

Terra de Portugal

 

Brancas casas caiadas

Que ao sol brando de Outono

Se erguem, testemunhas do tempo,

De um passado sem retorno.

Suas fachadas imóveis

De centenárias vivências,

Seu ar inextirpável,

Sua misteriosa indeiscência,

Que segredos encerra

Desta minha bela terra.

Terra de terra

E da gente dela,

Que é sua alma.

Terra de vinhas,

De íngremes colinas

Terra de rios cintilando

E de lezírias ondeando.

Terra de invicto povo

Que os braços jamais cruzou.

Armado apenas de sua bravura

Cingido dela lutou.

 

Esta terra em que nasci,

A mesma onde morrerei,

Que amo de lés-a-lés,

A ela presa fiquei.

Esta minha terra amada

De gente simples e leal.

Esta terra abençoada

A que chamaram Portugal!

 

Inês Ribeiro

publicado por poesiaemrede às 01:56
link | comentar | favorito
Sábado, 16 de Fevereiro de 2008

(59) São Fragâncias Únicas

são fragrâncias únicas as daquela cidade

pequena, aldeia grande, que tenho e tinha

que me pertence por não ser minha

eternamente nossa e somos só nós na verdade.

 

Alentejo cheio de sabores e desertificação

cidade perdida e achada no meio dos campos

com tantos cheiros e brilhos e encantos

com gente com vontade de emancipação.

 

é linda; é cercada com serra.

tem ruas e castelo e ruelas

e cheiros únicos escondidos em vielas

e gente…esta é a minha terra.

 

 

Ana Durão

publicado por poesiaemrede às 02:07
link | comentar | favorito
Quinta-feira, 14 de Fevereiro de 2008

(57) A Minha Terra

A minha Terra

 

 

Nem sempre regressar a casa,

Ao local onde nascemos,

È a melhor solução.

Existe todo um caminho de estrelas mortas,

De sombras, de fantasmas.

E eu sinto que estou na escuridão. Ao teu lado.

Não é preciso visitar-te.

Sei que estás lá. Aqui. Dentro de mim.

Sinto que levanto o peso dos anos.

Todos aqueles que preenchem o calendário.

Não me esqueces. Não te esqueço…

Sei que viverás muito para além dos meus dias.

Assim como o braço do barbeiro

Só está completo quando segura a navalha,

Tu és um prolongamento de mim.

 

 

Paulo Eduardo Campos

publicado por poesiaemrede às 00:12
link | comentar | ver comentários (2) | favorito
Sábado, 9 de Fevereiro de 2008

(54) Moçambique

 

MOÇAMBIQUE

 

Pedaço de terra africana

Pedaço de liberdade

Terás tu, para quem te ama

Paz , Amor, Verdade?

 

Abandonei-te!

Abandonaram-te!

 

Pedaço de terra africana

Agora que te libertaste

Pergunta a quem te ama

Quanto te sacrificaste?

 

Sangue e dor se misturaram,

Do branco, negro e mestiço.

Agora que a ferida sararam

Para que valeu tudo isso?

 

Terás tu, para quem te ama

Paz,  Amor, Verdade?

 

Pedaço de terra africana

Pedaço de liberdade!

 

 

 

 Autora: Fátima Negrão

publicado por poesiaemrede às 03:40
link | comentar | ver comentários (16) | favorito
Quinta-feira, 24 de Janeiro de 2008

(38) Terra Minha: O Dia Depois de Amanhã

Terra minha: o dia depois de amanhã

 

Empréstimo de espaço poético

abrupto pelo trabalho 24 h.

A poesia-inconformada

pede um tempo

para poder respirar e existir.

 

O mercado pede progresso;

a poesia pede silêncio.

Paciência de tambores-nativos,

seitas e rituais empurram

o futuro in-vitro para depois.

 

Incansável mundo clichê

conta as horas perdidas em filas

de bancos, hospitais e sinaleiras.

Os corpos cansados

tentam voltar ao mar.

 

Bocas catatônicas

dizem algo via dígitos internáuticos

em túmulos verticais.

A esperança habita ateliês de tatuagem

de crianças selvagens

após o desgelo polar.

                                                   

Como uma profecia,

ou mito,

acima do mar

vida (humana)

apenas a partir do 13ºandar.

 

Fontão Neto

 
publicado por poesiaemrede às 00:05
link | comentar | favorito
Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2008

(37) Portugal

Portugal 

 

Óh verde e doce país

Meu suave e gentil companheiro

Mundo de gente feliz

E mundo de pouco dinheiro.

 

País de Luís de Camões

Pessoa, Bocage ou Henriques

Lugar de corações

Planícies de famosos requintes.

 

Tens virtude mediana e calma

E a passos de caracol vais crescendo

E possuis a maior alma

Desta Europa que te vai perdendo.

 

Possuis veias de rios navegantes

Onde naus partiram para a descoberta

És país de impérios magníficos

E Impérios de memória incerta.

 

Doce local de pequeno porte

Onde todos tentam esquecer

Esta politica forte

De ansiar pelo poder.

 

Oh minha terra e meu paraíso

Minha doce terra Natal

Eu grito num fôlego conciso

Que a ti te amo... meu Portugal.

 

Rui Pedro Sousa
publicado por poesiaemrede às 23:59
link | comentar | ver comentários (1) | favorito

.Poemas a Concurso

. (87) Portugalidade

. (73) Saudades de ti

. (66) "A Minha Terra"

. (65) Terra de Portugal

. (59) São Fragâncias Única...

. (57) A Minha Terra

. (54) Moçambique

. (38) Terra Minha: O Dia D...

. (37) Portugal

.Mais Poemas a Concurso

. Março 2008

. Fevereiro 2008

. Janeiro 2008

. Dezembro 2007

.Projecto

blogs SAPO

.subscrever feeds

Em destaque no SAPO Blogs
pub