Sexta-feira, 7 de Março de 2008

Poemas da Minha Terra - Publicação Final


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"Poesia em Rede".
publicado por poesiaemrede às 01:00
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Sexta-feira, 29 de Fevereiro de 2008

(77) Coimbra

Coimbra
 
Em ti,
Cidade cantada das cidades,
O sonho não tem fim,
A saudade não tem início,
A morte não tem lugar.
Em ti,
Cidade da juventude eterna,
Dos segredos sussurrados pelas ruas,
Do pôr do sol, do nascer das luas,
Das visões, dos projectos, das promessas,
A morte não tem lugar.
Em ti,
Poesia clara da verdade,
Tradição pura e presente,
O coração bate mais do que a idade,
E a emoção estala, toda, num repente.
Porque em ti,
Cidade amor,
A morte não tem lugar.
Em ti,
Por ruas antiquíssimas e solenes,
O peso da humanidade, com a leveza duma brisa de verão,
Acompanha os meus passos,
E diz-me que em ti
A morte não tem lugar.
Porque em ti, só em ti,
A vida és tu, e tu não morres,
Nem hoje, nem nunca,
Por seres, o que és,
Coimbra.

 
André Vilhena
 

publicado por poesiaemrede às 00:01
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Quinta-feira, 28 de Fevereiro de 2008

(76) Daqui Eu Vejo

Daqui eu vejo

 

Deste chão

Desta semente imune à ira da tempestade

Eu nasço

E de mim a terra

Aqui eu me fiz aqui me faço

E aqui o que quer que eu faça

É nulo esforço nulo de verdade

Para impedir o sol de brilhar

Onde quer que ele nasça

Neste Olimpo sem pagãos

Nem tempo para perder ou ganhar

Aguardo e observo

O ritmo absurdo e irregular das coisas

Dessas dependentes autonomizadas tribos

Que se atropelam em forças e esforços

Para sobreviver

Esgotam-me e esgotam-se

No que têm de pior para dar

Melhor seria voltar ao início

Daquele chão

Daquela semente imune à ira

Fazer de novo

A minha terra

Luís Fernandes
publicado por poesiaemrede às 23:58
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(74) Não me alcunhei de Coimbra

Não me alcunhei de Coimbra


Ó Augusto, Augusto...
Olha o que fazes de ti,
Sempre a gabar Portugal
E alcunhas-te yodleri?

Que raio de coisa é essa?
Podias usar Coimbra,
Que é tua terra natal,
E por sinal é tão linda!...

Ou Fado, Fado é bonito!
Ou Mondego, ou Choupal.
Chanfana dum bom cabrito,
Ou batatas em água e sal!

Outra alcunha bestial:
Grelos, ai verdes grelos;
Rancho ou feijoada
Ossos, quem dera tê-los!

Ou... isso, Repúblika
Aquela do Prákistão...
Ainda ca dos Kágados
Tambem fizesse vistão.

Ou Manga, ou Sereia,
Ou Jardim do Tritão.
Ou mais que venha à ideia,
Mas yodleri?... Não!...

Anónimo
publicado por poesiaemrede às 23:53
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Terça-feira, 26 de Fevereiro de 2008

(73) Saudades de ti

Saudades de ti

Molhada és tu, pelas águas do Atlântico,
donde, ao findar a tarde, tens um pôr-do-sol exuberante.
Mãe de poetas que te versam em lindos cãnticos,
e, não te esquecem, mesmo em terra tão distante.

Orgulho puro de quem nasceu de tuas entranhas,
por ver-te forte, mesmo ferida por batalhas.
Sobrevivente da ambição do homem, tão estranha,
que te feriu como corte de navalha.

Em cada esquina de tuas ruas há magia.
E nos teus largos, vês nascer novos amores.
Mavioso encanto e inspiração nas melodias...
És flor mais bela dentre todas outras flores.

Enamorado, apaixonado, te declaro:
que infinito é o que tenho ao coração.
Como poeta, nos meus versos deixo claro.
Todo o amor por ti: São Luis do Maranhão!



Autor(a): Sandra Cristina Silva Borges

publicado por poesiaemrede às 23:12
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(72) Um dia na minha Terra

Um dia na minha Terra

 

Era pequena e sonhava,

Gostava de animais,

Da terra onde vivia,

Do ar puro,

Das flores,

De brincar,

Do sol que entrava na minha janela.

Era pequena  e sonhava .....

Mas o tempo foi passando,

A vida mudando,

Mas ainda continuo na minha casinha,

Pintada de branco e amarelo.

Tenho um quintal e tenho em redor as mais belas paisagens que se pode ter.

Não só o céu azul, o manto verde do campo e as flores,

Mas sim o encanto e a beleza  que  me ilumina todos os dias.

Talvez não esteja no sítio mais belo,

Mas encontro o silêncio e a felicidade.

Acordar de manhã e respirar um ar tão majestoso

É para mim a liberdade e um infindável bem estar.

Um dia na minha terra será perfeito quando conseguir pintar a beleza de uma paisagem

E será para sempre a mais bonita lembrança que tenho da minha aldeia.

 

 

 

 

 

 

 

                                                 Patrícia Caldeira

 

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Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2008

(69) "O Mundo dos cheiros, cores e sabores" - A Terra da Culinária

"O Mundo dos cheiros, cores e sabores" - A Terra da Culinária"

A minha terra
É a terra dos sabores
Doces sabores de mel e canela,
Não há outra como ela!
A terra do cheiro das pipocas, das quentes farturas,
E do doce algodão,
Que deixam no ar um doce respirar
Ai que boa sensação!
Das bolachas de cacau, laranja ou erva doce,
Dos biscoitos de gengibre, para os mais aventureiros,
Coscorões com cominhos, é o segredo que está na posse
Dos grandes mestres pasteleiros.
A terra do chocolate quente aveludado
coberto de natas ou chantilly,
acompanhado de bolo de bolacha ou de pudim de pão
Nada melhor para aquecer a alma e coração!
A terra dos frutos vermelhos e açúcar mascavado
que cobre o crepe com gelado,
de baunilha...mas que cor tão tranquila,
é de comer e cair para o lado!
Do sabor do vinho frutado,
de rubi pedra preciosa,
um perfeita combinação,
para um tarde calorosa ... de Verão!
Terra esta onde o salgado é apimentado,
e o cheiro do caril e do leite de côco não podem faltar,
até o arroz, vejam só...é perfumado!
quem da minha terra sai, só pensa em voltar!


Yo
publicado por poesiaemrede às 21:14
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Quarta-feira, 20 de Fevereiro de 2008

(67) Ilha Encantada

Ilha Encantada

 

Sigo o teu rosto na noite e me conduz,

De encontro ao mar, ao firmamento...

No mar sinto o silêncio, do céu a cruz,

Nestes passos, perdura a dor e desalento.

 

Apego tão grande trago em mim,

Vislumbrando o teu toque, teu suspirar!

Faz-nos distantes o destino e sigo assim;

É o teu som que vive em mim aclamar...

 

É voz entoada ecoando vibrante,

Num corpo, que ao destino é lançada

Na procura dessa Ilha brilhante.
                      

Terra de sonho, imagem alucinada!

Destino de sossego ao viajante,

Lugar de início à caminhada!

 

 

 

Rui Cordeiro 11.2007

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(66) "A Minha Terra"

"A minha terra"

Esta terra não é a minha terra.
Nenhuma terra é a minha terra.
Nenhum grão do que seja, de terra, de areia, do que seja, é terra que eu pise.
Eu não piso chão algum.
Eu não me movo, não me atrevo, nesta ou em qualquer terra.
Quantos anos somam as poeiras que me ferem a vista cansada?
As poeiras que me devoram entranhas e pele e os olhos feridos, esbatida a visão que me tolda numa rajada de vento vil e doentio.
A poeira traiçoeira que me devora e não me deixa pisar o chão, chão algum.
Me fere a vista cansada, me expulsa desta casa que não tenho, que não habito, como a terra, terra alguma, seja qual for.
Nenhuma terra é a minha terra.
Eu não vivo, nem respiro, não me movo, nem respiro, não existo, nem respiro.
Em terra alguma, eu não tenho terra, eu não a exijo, não a permito.
Esta, esta terra que não é minha.
Nem esta nem terra nenhuma.

Anónimo
publicado por poesiaemrede às 00:11
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Terça-feira, 19 de Fevereiro de 2008

(64) Minha Terra Eurotupy Nagô

Minha Terra Eurotupy Nagô


Fui do Tejo aquele impetuoso a expulsar os Mouros, a tomar Celta,
a se lançar,  para muito além da Taprobana, com sua nau,
e a ver no sal do mar as lágrimas do Porto, Portugal. 

Fui Peri, Camões, Zumbi e Nassau:
E aprendi sobre as constelações, o tempo e a entropia.
Controlei o sextante, as correntes e os mapas.
Compreendi os postulados de Euclides,
a sensualidade das linhas de Niemayer,
as topologias, as intricadas álgebras de Clifford
e a desmesurada exatidão da arte plumária.

Depurei as cartas de amor de Soror Mariana,
e entreguei-me à dança e ao tambor,
ao ópio e a De Quince, ao álcool e ao sexo.
Aprendi sobre Santa Bárbara, Oxum, Oxossi, Logum-Edé;
e sobre os versos de pedra dos Yorubás.

Enfim, dessas terras minhas,
desse vasto domínio português eurotupy-nagô,
aprendi sobre essas coisas todas, que são descritas ora como alegres,
ora como interessantes e as vezes  como civilizatórias;
mas que se prestam somente a subtrair um pouco do tédio,
da brutalidade, da arrogância e da melancolia humana.


Autor: Berti
publicado por poesiaemrede às 01:49
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(63) A Madeira é um Jardim

A Madeira é um Jardim
 
Tantos jardins percorri
À volta da terra inteira,
Mas o mais lindo que eu vi
Foi a Ilha da Madeira.
 
Recordo a minha alegria
E o fascínio do momento
Que eu senti naquele dia
Ao ver tal deslumbramento.
 
Foi tão grande a surpresa
Que pairou dentro de mim
Que minh'alma ficou presa
No encanto deste jardim.
 
Por momentos eu pensei
Ser apenas uma miragem,
Mas depressa me embalei
Na magia desta paisagem.
 
A Madeira é um lazer
Que nos dá imenso gozo,
Continuará sempre a ser
Um jardim maravilhoso.
 
Quando nós de lá partimos
É tão grande a sensação
Que no peito até sentimos
Um jardim no coração.
 
    RAMA LYON
publicado por poesiaemrede às 01:45
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(62) Terra Minha Jamais Esquecida

Terra Minha Jamais Esquecida

A minha terra fica a Norte de Portugal.

É unica, pois não há outra igual.

Chama-se Enxames e pertence a Baião.

Como muita gente, acho-a a mais bonita então...

 

Tem no alto as curvas e contra curvas.

Pelo meio os socalcos com as suas uvas.

Que fazem o vinho do Porto tão apreciado.

A seus pés, os barcos Rebelos no Rio Douro, descansado.

 

É uma terra de escritores conhecidos.

Como o Professor António Mota e seus livros.

E o nosso inesquecivel, Eça de Queirós.

A sua pousada é vizinha de meus avós.

 

Terra minha, a que só vou de visita.

Porque, de lá parti quando era pequenita.

Não havia trabalho, problema que perciste, por isso parti.

Recordações não tenho, de quando aí residi.

 

Da meninice e mocidade à idade actual e até morrer.

Das visitas aos familiares, essas nunca vou esquecer.

Ás minhas filhas, a miha terra já fui mostrar.

Quando tiverem filhos a minha história irão contar.

 

Já conheci e vivi noutras terras e noutras posso morar.

Terra minha, podem as pessoas morrer e as paisagens mudar.

Mas, terra minha, não é porque parti, que te vou esquecer.

Gosto de falar de ti e tenho orgulho, da terra que me viu nascer.

 

Ass: Vindamar

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Sábado, 16 de Fevereiro de 2008

(58) "A Minha Terra"

“A minha terra”

 

 

 

A minha terra não é minha. É muito mais.
Nem sequer é nossa, exclusiva dos nossos tempos.
Antes de mim, a partir de um simples cais,
Já se aventurava, sem medo, pelos Descobrimentos.
 
A minha terra é mais do que os rios, as colinas,
Os campos, as montanhas ou as cidades
Onde crescemos, brincámos, conhecemos as meninas
E fizemos as primeiras amizades:
A minha terra é também a língua, o fado, as populações,
Os monumentos, a história, a cultura, as navegações!
 
Mesmo aquele genuíno sentimento
Que quando estou longe me abraça cá dentro
(Há quem lhe chame esperança, mas erra,
Porque não é esperança de verdade),
Não é meu, é da minha terra,
A pátria da saudade.
 
E para conhecê-la, basta viajar
Pelos sete mares e pelos sete ventos,
Para todos os lugares onde continuou a exportar
Os seus patrimónios e os seus talentos.
 
A minha terra é Portugal,
Cujas fronteiras se estendem pelo mundo inteiro.
Só falta acreditar, o sonho é real,
Só falta erguer-se o nevoeiro.

 

 

 

Filipe Miguel Costa

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Quinta-feira, 14 de Fevereiro de 2008

(57) A Minha Terra

A minha Terra

 

 

Nem sempre regressar a casa,

Ao local onde nascemos,

È a melhor solução.

Existe todo um caminho de estrelas mortas,

De sombras, de fantasmas.

E eu sinto que estou na escuridão. Ao teu lado.

Não é preciso visitar-te.

Sei que estás lá. Aqui. Dentro de mim.

Sinto que levanto o peso dos anos.

Todos aqueles que preenchem o calendário.

Não me esqueces. Não te esqueço…

Sei que viverás muito para além dos meus dias.

Assim como o braço do barbeiro

Só está completo quando segura a navalha,

Tu és um prolongamento de mim.

 

 

Paulo Eduardo Campos

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Terça-feira, 12 de Fevereiro de 2008

(56) A Praça

A PRAÇA

 

Rejuvenescida e vivaça

Ex-libris da cidade

Tão bela está a Praça

Nosso orgulho e vaidade

 

Acolhedora e colorida

Espraiam-se nela esplanadas

Buliçosa e envolvida

De gentes refasteladas

 

Agradável a quem passa

É o coração da cidade

A nossa tão velha Praça

Respira graciosidade

 

Sala de visitas de Leiria

Alegre e irrequieta

De todos é companhia

Até do Rodrigues Poeta

 

Em tempos rosa perdida

Que por milagre e graça

A Rainha Santa deixou caída

E se transformou em Praça

                                                              
                                                    Isabel Batista

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(55) Besteiras - Uma Pequena Aldeia

Besteiras - Uma pequena aldeia

 

Fiz de uma pequena aldeia ribatejana

Tingida pelo verde intenso da serra

O chão donde minha alma emana,

O meu lar e a minha querida terra.

 

Fiz do verde intenso dos pinheiros

Refúgio dos meus encantos e ilusões,

Neles escrevi páginas de livros inteiros

Feitos de sonho, fantasia e recordações.

 

Fiz do chão onde nascem belas flores

E do ar sempre leve, fresco e puro

O maior de todos os meus amores,

As raízes do meu passado e futuro.

 

Fiz do cheiro da terra em noite de luar

O perfume dos lençóis da minha cama,

Fiz dele a melodia que paira no ar

Sempre que a saudade acende a sua chama.

 

Fiz de uma pequena aldeia ribatejana

A minha esperança, a luz do meu viver,

Fiz dela o chão donde minha alma emana

A raiz de amor que jamais posso esquecer.
 
Hisalena
publicado por poesiaemrede às 00:42
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Sábado, 9 de Fevereiro de 2008

(54) Moçambique

 

MOÇAMBIQUE

 

Pedaço de terra africana

Pedaço de liberdade

Terás tu, para quem te ama

Paz , Amor, Verdade?

 

Abandonei-te!

Abandonaram-te!

 

Pedaço de terra africana

Agora que te libertaste

Pergunta a quem te ama

Quanto te sacrificaste?

 

Sangue e dor se misturaram,

Do branco, negro e mestiço.

Agora que a ferida sararam

Para que valeu tudo isso?

 

Terás tu, para quem te ama

Paz,  Amor, Verdade?

 

Pedaço de terra africana

Pedaço de liberdade!

 

 

 

 Autora: Fátima Negrão

publicado por poesiaemrede às 03:40
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(53) Oh terra minha de encanto e esplendor

Oh terra minha de encanto e esplendor,

De terras bravadas nas tuas brumas deslizantes,

Rios de vitória, ouros de brilhante,

Douro, barcos de brisa infinita,

Sentimentos vivos e sentidos,

Toque penetrante da tua tão brilhante fantasia,

Oh Porto, meu navio fogoso, desse tão livre rancor.

É de ti que eu vivo, na noite caída, do vendaval da ira,

Cidade de tão íntegra imparcialidade, de astro fumegante,

Que floresce no peito agreste, brota alegria,

Oh terra minha de face de maresia.

 

 

 

Manuel Cartaxo

publicado por poesiaemrede às 03:37
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(52) Horizonte Brasileiro

Horizonte brasileiro

Olho o mundo ao meu redor
Vejo muita hipocrisia
Muitos se dizem honestos
Até assinam manifesto
Participam de protestos
Pra ganhar do povo simples
A confiança e a fé...
Fico triste e me apavoro
Revolto-me e me devoro
Isolo-me e então choro
De tristeza e comoção
De ver minha terra querida
Se transformar em ferida
Pelas unhas desses corvos
Que enganam o incauto povo
A cada nova eleição.
Aproveitam-se desta gente
Deste povo humilde e pobre
Que não tem no bolso um cobre
Pra garantir o seu pão...
Tentam comprar com cimento
Adobinho e Cesta Básica
A consciência do homem
Que bem sabe o que é a fome
No seu labutar diário
Com seu mísero salário...
Imploro ao povo sofrido
Que não se deixe enganar

valdeck
publicado por poesiaemrede às 03:29
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Sexta-feira, 8 de Fevereiro de 2008

(51) Minha terra...

Minha terra...

Falo da minha terra com amor e com tristeza.

Essa terra decantada em verso e prosa com muita beleza,

É a terra das palmeiras e do sabiá,

Das  motosserras e das queimadas,

Terra a muito massacrada, pelo homem sem coração.

Oh! Minha mãe gentil de beleza esfuziante,

O que aconteceu com teus filhos?

Porque te machucamos tanto, se nos dá tanto?

Tudo o que temos de alguma forma, advêm de ti,

E não lhe somos gratos, apenas nos tornamos fracos

Seduzidos pelo mau, Vil Metal.

Oh! Minha mãe, teu semblante ainda é tão belo.

Tua pele carrega as mais lindas praias,

Veneradas e amadas pelo mundo afora,

As mais belas matas, a terra mais fértil,

Os sabores mais doces, o pulmão do mundo.

Porque somos tão imundos? Porque te fazemos tão mal?

Peço a Deus, que te deu a vida,

No seu momento de maior inspiração,

Que nos dê a palmada merecida,

Para que acordemos desta letargia desmedida

A rezar para que não seja em vão,

O nosso pedido de perdão.

 

Márcio de Sousa

 

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(50) A Minha Terra

A minha terra

 

 

Arouca

De verdes cabelos ao vento,

Do teu ventre... saem rios,

Que fertilizam as sementes,

Nos campos adormecidos.

- Qual princesa... deleitada...

Ouvindo o chilrear dos passarinhos.

 

Terra de gentes humildes,

trabalham com perseverança.

Lançam sementes à terra.

...Grávidos de esperança.

E sonham...

O brotar das sementeiras.

 

Arouca

Mulher sinuosa...

Teu ventre...maternidade.

Teus rios cristalinos,

Percorrem teu corpo...

De brio e verdade...

Tens um nome feminino,

Teus seios... colinas suaves...

Que arrebatem paixões.

 

Arouca

De verdes cabelos ao vento,

Nos campos adormecidos.

- Qual princesa... deleitada...

Ouvindo o chilrear dos passarinhos.

 

                                            

 

 Luísa Pereira

 
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(48) A Minha Terra

A Minha Terra

 

Meu Amor se tu soubesses...

as aves que havia no luar da minha terra,

 lá  longe o mar nas noites claras, ao longe das casas, por baixo do céu...

se tu soubesses...

o pedido das janelas iluminadas pelo caminho, 

e eu, aquela menina de tranças caídas, esperando na vidraça, os

passos que tardam nos campos, antigamente eram campos, campos,e não betão...

como eu tinha pensamentos inocentes...

se tu soubesses...

as grandes romarias de quaresmas santas 

na minha Terra de crença, promessa e lágrimas que sentem 

e os homens tristes, chorando, cantavam rezando...

se tu soubesses...

as estradas de como quem vem de longe,

os campos floridos de como quem nasce puro

naqueles campos de milho e trigo...

Se tu soubesses...

como a galope eu corria

fica mais perto de mim, não fiques mais longe de mim...

se tu soubesses...

a saudade que tive quando estive ausente...

a minha Terra anoitecia no mar, mas depois, a lua de gaivotas,

vinha beijar aquele mar imenso porque era diferente,

porque era de gaivotas aquele luar...

ah! se tu soubesses,

se tu soubesses como era aquele luar!...
 
 

Mila

2000/06/02
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Quinta-feira, 7 de Fevereiro de 2008

(47) Ericeira - Meu berço, à flor do mar

ERICEIRA – Meu berço, à flor do mar

 

 

 

Oh, minha terra, do “mar salgado”

do ar lavado, das calçadinhas

do sol mais louro

ancoradouro das andorinhas.

 

Terra das pombas, filhas das ondas

em turbilhão

asas erguidas, cruzes perdidas

na imensidão.

 

Terra das praias d´areais louros

dos miradouros, a cada canto

Manhãs de bruma, tardes d´espuma

do meu encanto.

 

Oh, minha terra das penedias

das invernias, tanta aflição

bravas nortadas

fúrias eivadas de maldição.

 

Calvários brancos, sabe Deus quantos

no mar sem fim

dores apagadas, santificadas

rogai por mim.

 

Terra d´ esperanças

onde eu de tranças, bibe de folhos

me vi crescer

cobre os meus olhos

quando eu morrer.

 

 

 

 

Maria da Assunção Freire

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Terça-feira, 22 de Janeiro de 2008

(34) A Minha Aldeia

           

A MINHA ALDEIA

 

Recordo as moças da minha aldeia!

Aquelas danças de roda no cruzeiro,

Recordo todos os caminhos de areia

E os pássaros que cantavam no Loureiro.

 

Recordo a linda terra onde nasci

Retratada na tela dum pintor;

O anoitecer...onde os grilos num gri gri,

Entoavam para mim canções de amor.

 

Recordo o campo, os montes, os pinheirais;

Agora...apenas sinto a nostalgia

Da Mocidade que passei e não vem mais,

Onde o Recordar é uma triste Nostalgia!

 

                         TÓ...PATUDO

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Sexta-feira, 18 de Janeiro de 2008

(30) Herança Além Tejo

HERANÇA ALÉM TEJO

 

Lavo a alma

nas águas do Tejo,

alma das cartas que

ficaram sem resposta.

 

Do tempo esquecido,

de esperanças na partida

e saudades que

ficam no horizonte.

 

O Tejo que num dia

se tornou um ponto,

o risco,  cicatriz de

 corte antigo e profundo.

 

Marcas que ficaram

no coração, das

lágrimas que nunca

secam completamente.

 

Deixo nele este tesouro,

 a arca vazia que trago comigo

e esta herança que não

cabe no meu peito.

 

                                      Sanio Morgado

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