Daqui eu vejo
Deste chão
Desta semente imune à ira da tempestade
Eu nasço
E de mim a terra
Aqui eu me fiz aqui me faço
E aqui o que quer que eu faça
É nulo esforço nulo de verdade
Para impedir o sol de brilhar
Onde quer que ele nasça
Neste Olimpo sem pagãos
Nem tempo para perder ou ganhar
Aguardo e observo
O ritmo absurdo e irregular das coisas
Dessas dependentes autonomizadas tribos
Que se atropelam em forças e esforços
Para sobreviver
Esgotam-me e esgotam-se
No que têm de pior para dar
Melhor seria voltar ao início
Daquele chão
Daquela semente imune à ira
Fazer de novo