Quinta-feira, 28 de Fevereiro de 2008

(76) Daqui Eu Vejo

Daqui eu vejo

 

Deste chão

Desta semente imune à ira da tempestade

Eu nasço

E de mim a terra

Aqui eu me fiz aqui me faço

E aqui o que quer que eu faça

É nulo esforço nulo de verdade

Para impedir o sol de brilhar

Onde quer que ele nasça

Neste Olimpo sem pagãos

Nem tempo para perder ou ganhar

Aguardo e observo

O ritmo absurdo e irregular das coisas

Dessas dependentes autonomizadas tribos

Que se atropelam em forças e esforços

Para sobreviver

Esgotam-me e esgotam-se

No que têm de pior para dar

Melhor seria voltar ao início

Daquele chão

Daquela semente imune à ira

Fazer de novo

A minha terra

Luís Fernandes
publicado por poesiaemrede às 23:58
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