Numa aldeia adormecida…
Numa aldeia adormecida,
Em dia de tempestade,
A Senhora na Azinheira pousou,
Às três Crianças falou.
A sua dor ao Mundo partilhou,
Ao fim da guerra suplicou.
Sobre a aldeia de Fátima,
O sol bailou e a esperança pousou.
O povo gritou,
Mergulhado na miséria,
Suplicio de dor,
Num País ditador.
Sobre a Terra de Fátima,
A Senhora o Mundo abençoou,
Com seu Amor de Mãe,
Da guerra nos salvou.
Fátima Terra de Fé,
Arrastas multidões,
Em tantas gerações,
Iluminadas pelas suas orações.
Fátima Terra de Fé,
Pequena aldeia adormecida,
Que agora não é esquecida,
Unes nações e abraças as religiões.
Ana Guedes
Um dia na minha Terra
Era pequena e sonhava,
Gostava de animais,
Da terra onde vivia,
Do ar puro,
Das flores,
De brincar,
Do sol que entrava na minha janela.
Era pequena e sonhava .....
Mas o tempo foi passando,
A vida mudando,
Mas ainda continuo na minha casinha,
Pintada de branco e amarelo.
Tenho um quintal e tenho em redor as mais belas paisagens que se pode ter.
Não só o céu azul, o manto verde do campo e as flores,
Mas sim o encanto e a beleza que me ilumina todos os dias.
Talvez não esteja no sítio mais belo,
Mas encontro o silêncio e a felicidade.
Acordar de manhã e respirar um ar tão majestoso
É para mim a liberdade e um infindável bem estar.
Um dia na minha terra será perfeito quando conseguir pintar a beleza de uma paisagem
E será para sempre a mais bonita lembrança que tenho da minha aldeia.
Patrícia Caldeira
A PRAÇA
Rejuvenescida e vivaça
Ex-libris da cidade
Tão bela está a Praça
Nosso orgulho e vaidade
Acolhedora e colorida
Espraiam-se nela esplanadas
Buliçosa e envolvida
De gentes refasteladas
Agradável a quem passa
É o coração da cidade
A nossa tão velha Praça
Respira graciosidade
Sala de visitas de Leiria
Alegre e irrequieta
De todos é companhia
Até do Rodrigues Poeta
Em tempos rosa perdida
Que por milagre e graça
A Rainha Santa deixou caída
E se transformou em Praça
Isabel Batista
MOÇAMBIQUE
Pedaço de terra africana
Pedaço de liberdade
Terás tu, para quem te ama
Paz , Amor, Verdade?
Abandonei-te!
Abandonaram-te!
Pedaço de terra africana
Agora que te libertaste
Pergunta a quem te ama
Quanto te sacrificaste?
Sangue e dor se misturaram,
Do branco, negro e mestiço.
Agora que a ferida sararam
Para que valeu tudo isso?
Terás tu, para quem te ama
Paz, Amor, Verdade?
Pedaço de terra africana
Pedaço de liberdade!
Oh terra minha de encanto e esplendor,
De terras bravadas nas tuas brumas deslizantes,
Rios de vitória, ouros de brilhante,
Douro, barcos de brisa infinita,
Sentimentos vivos e sentidos,
Toque penetrante da tua tão brilhante fantasia,
Oh Porto, meu navio fogoso, desse tão livre rancor.
É de ti que eu vivo, na noite caída, do vendaval da ira,
Cidade de tão íntegra imparcialidade, de astro fumegante,
Que floresce no peito agreste, brota alegria,
Oh terra minha de face de maresia.
Manuel Cartaxo
A MINHA ALDEIA
Recordo as moças da minha aldeia!
Aquelas danças de roda no cruzeiro,
Recordo todos os caminhos de areia
E os pássaros que cantavam no Loureiro.
Recordo a linda terra onde nasci
Retratada na tela dum pintor;
O anoitecer...onde os grilos num gri gri,
Entoavam para mim canções de amor.
Recordo o campo, os montes, os pinheirais;
Agora...apenas sinto a nostalgia
Da Mocidade que passei e não vem mais,
Onde o Recordar é uma triste Nostalgia!
TÓ...PATUDO
. (75) Numa Aldeia Adormeci...
. (72) Um dia na minha Terr...
. (53) Oh terra minha de en...