Quinta-feira, 24 de Janeiro de 2008

(38) Terra Minha: O Dia Depois de Amanhã

Terra minha: o dia depois de amanhã

 

Empréstimo de espaço poético

abrupto pelo trabalho 24 h.

A poesia-inconformada

pede um tempo

para poder respirar e existir.

 

O mercado pede progresso;

a poesia pede silêncio.

Paciência de tambores-nativos,

seitas e rituais empurram

o futuro in-vitro para depois.

 

Incansável mundo clichê

conta as horas perdidas em filas

de bancos, hospitais e sinaleiras.

Os corpos cansados

tentam voltar ao mar.

 

Bocas catatônicas

dizem algo via dígitos internáuticos

em túmulos verticais.

A esperança habita ateliês de tatuagem

de crianças selvagens

após o desgelo polar.

                                                   

Como uma profecia,

ou mito,

acima do mar

vida (humana)

apenas a partir do 13ºandar.

 

Fontão Neto

 
publicado por poesiaemrede às 00:05
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